sábado, 11 de agosto de 2012

Confissões de um dezembro qualquer

Costumo ser duro comigo mesmo. Nego sentimentos, tenho medo de me entregar. É uma forma inútil de autoproteção, uma maneira de sofrer com os meus pensamentos. Eu sei que não vou mudar. É tão difícil falar: lembrar de tudo, ouvir gritos desesperados de sentimentos que foram reprimidos. Eles não são os mesmos, agora são apenas lembranças: só querem me mostrar que foram sentidos, porém ignorados. A única alternativa é deixar isso pra lá e esperar que eles voltem. Sempre voltarão. Como agora.

2 comentários:

  1. É, esse texto trás a tona um parte do meu passado. Você conseguiu transcrever com simplicidade a confusão e o desespero de quem eventualmente já se sentiu assim. Pôde me atingir de certa forma, me fazendo lembrar de várias vezes que me perguntei como deveria fazer pra fugir de determinados sentimentos. Nesse caso, cheguei a uma conclusão. Aceitar os próprios sentimentos é necessário; faz com que a dor se dissipe enquanto o amor próprio ganha espaço; e por consequência trazendo de volta algo tão importante na vida de qualquer pessoa: a paz interior.

    Filipe, meus parabéns mais uma vez.
    Abraço!

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    1. É tão simples e tão complexo, ao mesmo tempo. Esse pequeno texto foi o mais sentimental que eu escrevi até hoje, com certeza. Acho que foi porque tava acontecendo comigo e não com os outros. É tenso, pois os leitores do meu blog saberão desse meu lado que poucos sabem, que eu fazia questão de esconder. Mas é a vida. Já que é coisa do passado, sinto a liberdade de postar aqui. E vamos ver o que acontece daqui pra frente.
      Muito obrigado, fico feliz por você ter dito essas palavras. Até a próxima!

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